segunda-feira, 17 de abril de 2006

oito horas da manhã. as conservadoras de edifícios tomam minha rua. seus uniformes são das cores azul papel-da-maçã e um bege estranho, beirando o cinza. cigarro e conversas em tom alto, ligando os dois lados da rua, acompanham o serviço.

hoje será mais difícil varrer o lixo: acabou de chover.

domingo, 16 de abril de 2006

passar tantos dias na frente do computador, só vendo pessoas virtuais, ou dialogando com os mortos, é caminhar em direção à insanidade. faz-me falta uma voz humana, que não saia da tv, e nem cante. minha janela parece um quadro, mesmo que nada estático. e só a mudança da luminosidade, lá fora, me garante que ainda vivo. queria que hoje o sol não se pusesse.

sexta-feira, 7 de abril de 2006

XXXIX


Depois que o senso foi reposto
E o juízo recuperado,
Eu cuidei de findar o proposto;
E achei o tinteiro gelado
E tambémo círio apagado;
Fogo? Não tinha onde encontrar.
Assim, dormi, todo embrulhado,
E não houve como findar.

(François Villon - O Legado)

Um dia com Aretha



What you want
Baby I got it, mm
...
Noo, a little respect
Noo, a little respect
I’mma say it one more time
R-e-s-p-e-c-t