quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

que cuidar de uma criança era difícil, isso eu já sabia. mas, dois, de uma só vez? isso é trabalho ao quadrado!! e satisfação também...

no quesito trabalho, otto, o estrupício, é muito pior que a ana. enquanto ana é uma pessoa higiênica e controlada, cadidata a miss lilica bicalho, o otto, ai... limpar cocô dele o dia inteiro é uma experiência realmente engrandecedora; a cada vez, queimam-se dez karmas de sua cota, com direito a concorrer um bônus extra, no final de cada mês!

ainda acho que a licença paternidade deveria ser concedida após o quarto mês do nascimento...

fumm... de novo...

com licença eu vou à luta
Comendo os convidados,

A hora do almoço pode ser menos estressante se você tiver um pouco de imaginação. Há alguns anos criei um evento que pode acontecer sempre que a negociação da hora de comer ficar complicada: a Festa da Barriga. É muito simples: a barriga do seu filho é um salão de festas e todos os alimentos são convidados.

É interessante que a criança escolha o anfitrião e o motivo da comemoração. Por exemplo: oaniversário da Beterraba, a despedida do Brócolis, o casamento do Arroz com o Feijão. Mas mãe, O Feijão e O Arroz não são homens? Aproveite a oportunidade para explicar à novíssima geração que homens podem se casar com homens, sim. Você pode notar também que o fato do arroz ser branco e o feijão ser preto não impede que eles se amem. Mas aí o negócio já descamba para aula de politicamente correto e no final das contas você quer mesmo é que seu filho coma toda a comida. Uma coisa de cada vez.

Geralmente o alimento escolhido é o mais diferente no dia, por exemplo, a Abóbora. Nesse caso, ela deve ser a primeira a chegar, ou melhor, a ser comida. Os convidados se preparam na boca, quando são mastigados. Portanto, se sua filha estiver comendo muito depressa, explique que assim aqueles legumes estarão chegando à festa sem a menor produção. Quando ela engolir, você faz as vozes: _Brócolis querido, que bom que você veio! _Parabéns, Abóbora, como você está bonita! Os convidados vão chegando e a festa vai ficando cada vez mais animada: _Oi, Carninha, olá, Batata, como vai, seu Espinafre?

Se houver algum legume que sua filha não quer comer, faça uma vozinha triste: _Poxa, eu queria tanto ir à Festa da Barriga... Chantagem emocional e lá vai o penetra que em outra situação não entraria naqueles salões.

Mas cuidado: não acostume sua criança a promover sempre a Festa da Barriga. Você pode ser eleita a dubladora oficial das verduras e legumes baladeiros.

: : Laura : :


pilhado de mothern


gunff!! nunca foi preciso que eu promovesse festinhas, baladinhas e afins, para verduras e legumes (vida dura a deles, e curta... muito curta). melhor assim. não tive que me preocupar, desde cedo, com a preparação do evento. a roupa, o salão, o dj. coisas que nunca fizeram muito parte das minhas preocupações festo-comemorativas. os divertimentos (teatro de fantoche, oba!), os comes e os bebes, isso sim!

o que será que D. Beterraba quer pro jantar?
(Fra Angelico - Predella da Anunciação)

"O azul ultramarino era fabricado a partir do pó do lápis-lazúli, importado a altos custos do Oriente; o pó era diluído em líquido várias vezes para se extrair a cor, sendo que o primeiro extrato obtido - um azul violeta intenso - era o melhor e o mais caro. O azul alemão nada mais era que o carbonato de cobre; sua cor era menos brilhante e, o mais grave, seu uso se revelava instável, particularmente em afrescos... Os pintores e seu público estavam atentos a tudo isso, e as conotações de exotismo e perigo que se associavam ao azul ultramarino tinham uma importância no quadro que, hoje, possivelmente nos escape..."

(Michael Baxandall - O Olhar Renascente)