quarta-feira, 31 de agosto de 2005

(Canibal - Performance de Marco Paulo Rolla)


- Calma minha gente, é só a marca do fogão!!

terça-feira, 30 de agosto de 2005


Belladonna Boladona

Nightshade, Deadly (Atropa belladonna LINN.)

Belladonna is supposed to have been the plant that poisoned the troops of Marcus Antonius during the Parthian wars. Plutarch gives a graphic account of the strange effects that followed its use.
Buchanan relates in his History of Scotland (1582) a tradition that when Duncan I was King of Scotland, the soldiers of Macbeth poisoned a whole army of invading Danes by a liquor mixed with an infusion of Dwale supplied to them during a truce. Suspecting nothing, the invaders drank deeply and were easily overpowered and murdered in their sleep by the Scots.
According to old legends, the plant belongs to the devil who goes about trimming and tending it in his leisure, and can only be diverted from its care on one night in the year, that is on Walpurgis, when he is preparing for the witches' sabbath. The apples of Sodom are held to be related to this plant, and the name Belladonna is said to record an old superstition that at certain times it takes the form of an enchantress of exceeding loveliness, whom it is dangerous to look upon, though a more generally accepted view is that the name was bestowed on it because its juice was used by the Italian ladies to give their eyes greater brilliancy, the smallest quantity having the effect of dilating the pupils of the eye.
Another derivation is founded on the old tradition that the priests used to drink an infusion before they worshipped and invoked the aid of Bellona, the Goddess of War.
The generic name of the plant, Atropa, is derived from the Greek Atropos, one of the Fates who held the shears to cut the thread of human life - a reference to its deadly, poisonous nature.
Thomas Lupton (1585) says: 'Dwale makes one to sleep while he is cut or burnt by cauterizing.' Gerard (1597) calls the plant the Sleeping Nightshade, and says the leaves moistened in wine vinegar and laid on the head induce sleep.
Mandrake, a foreign species of Atropa (A. Mandragora), was used in Pliny's day as an anaesthetic for operations. Its root contains an alkaloid, Mandragorine. The sleeping potion of Juliet was a preparation from this plant - perhaps also the Mandrake wine of the Ancients. It was called Circaeon, being the wine of Circe.

domingo, 28 de agosto de 2005

(La Dame Indignée - Robert Doisneau - 1948)
- Satisfeita, Yolanda?

(A última valsa do Dia da Bastilha - Robert Doisneau - 1945)

Quase

Por uma estranha alquimia
(Você e outros elementos)
Quase fui feliz um dia.
Não tinha nem fundamento.

Havia só a magia
Dos seus aparecimentos
E a música que eu ouvia
E um perfume no vento.

Quase fui feliz um dia.
Lembrar é quase promessa
É quase quase alegria.

Quase fui feliz à beça
Mas você só me dizia:
"Meu amor, vem cá, sai dessa".


(Guardar - Antônio Cícero)

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

MOTO CONTÍNUO
(Edu Lobo - Chico Buarque)

Um homem pode ir ao fundo do fundo do fundo se for por você
Um homem pode tapar os buracos do mundo se for por você
Pode inventar qualquer mundo, como um vagabundo se for por você
Basta sonhar com você
Juntar o suco dos sonhos e encher um açude se for por você
A fonte da juventude correndo nas bicas se for por você
Bocas passando saúde com beijos nas bocas se for por você
Homem também pode amar e abraçar e afagar seu ofício porque
Vai habitar o edifício que faz pra você
E no aconchego da pele na pele, da carne na carne, entender
Que homem foi feito direito, do jeito que é feito o prazer
Homem constrói sete usinas usando a energia que vem de você
Homem conduz a alegria que sai das turbinas de volta a você
E cria o moto-contínuo da noite pro dia se for por você
E quando um homem já está de partida, da curva da vida ele vê
Que o seu caminho não foi um caminho sozinho porque
Sabe que um homem vai fundo e vai fundo e vai fundo se for por você
meu rosto é essa máscara que ponho para te afligir, para te encantar, para te afastar, para te atrair, para te esquecer. muitas vezes esses sucessos são involuntários, tão involuntários quanto o sentimento que os movem. e me pego dizendo o que não queria expressar, mesmo sem abrir a boca. então, atenha-se ao olhar, ele diz o que os músculos enganam. ao menos, essa é minha verdade.
- Mas nós que vivemos no corpo vemos com a imaginação do corpo as coisas desenhadas a traço. Vejo rochas ao sol claro. Não posso levar esses fatos para dentro de alguma caverna e, tapando os olhos, fundir seus amarelos, azuis e cor de ferrugem em uma só substância. Não posso ficar muito tempo sentada. Preciso levantar-me de um salto e partir... Solto todos esses fatos - diamantes, mãos mirradas, potes de porcelana e o resto - como um macaco solta nozes de suas mãos peladas. Não posso dizer-lhes se a vida é isso ou aquilo. Vou sair para a multidão heterogênea. Serei golpeada; erguida e baixada entre os homens, como um navio no mar.

(As Ondas - Virgina Woolf)

terça-feira, 23 de agosto de 2005



My Beautiful Laundrette

Gordon Warnecke & Daniel Day-Lewis

Ando homem de poucas palavras, ou quase nenhuma. Mas, não poderia deixar de dizer algo sobre esse filme, que de tão simples, é bonito e poderoso. Foi com ele que descobri que amor se pode encontrar em qualquer lugar. E que há sempre alguém a quem se dedicar. Pois é, fica o dito e o redito por não dito...

domingo, 21 de agosto de 2005

IV

Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta-te.
Esquece-te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Quere ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca-te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti?


IX

Os teus ouvidos estão enganados.
E os teus olhos.
E as tuas mãos.
E a tua boca anda mentindo
Enganada pelos teus sentidos.
Faze silêncio no teu corpo.
E escuta-te.
Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
A verdade sem palavras.
Que procuras inutilmente,
Há tanto tempo,
Pelo teu corpo, que enlouqueceu.


(Cânticos - Cecília Meireles)

quinta-feira, 18 de agosto de 2005


Belorizontem

(Antigo Prédio dos Correios - Av. Afonso Pena, em frente ao Parque Municipal)

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

ENTRE INFERNO E CÉU
O Belo e o Bem na iconografia européia sobre a América (sécs. XVI-XVII).


Lo que aquí vi fue que vimos una infinitíssima cosa de pájaros de diversas formas y colores, y tantos diversos papagayos, y de tan diversas suertes, que era maravilla: algunos colorados como grana, otros verdes y colorados y limonados, y otros todos verdes, y otros negros y encarnados; y el canto de los otros pájaros que estaban en los árboles, era cosa tan suave y de tanta melodía que nos ocorrió muchas veces quedarnos parados por su dulzura. Los árboles son de tanta belleza y de tanta suavidad que pensábamos estar en el Paraíso Terrenal, y ninguno de aquellos árboles ni sus frutas se parecían a los nuestros de estas partes. Por el río vimos muchas especies de pescados y de diversos aspectos. (Américo Vespúcio)

Condenados a se sentir estrangeiros no mundo físico até a redenção, os cristãos sempre foram marcados por uma melancolia causada pela queda de Adão e Eva do Paraíso, pela perda do espaço ao lado de seu criador, e por um igual desejo do retorno. Entre o inferno e o céu, a teologia cristã encarregou-se de consubstanciar, no mundo físico, uma manifestação deste objeto de desejo cristão, o Paraíso Terrestre. Localizado em um espaço inacessível e proibido ao homem devido a limitações de origem divina e por barreiras naturais – o Paraíso esteve ladeado por muros flamejantes, isolado em desertos ou situados em altas montanhas de ventos fustigantes–, a busca do sítio paradisíaco foi tópico constante dos escritos teológicos, da cartografia e das narrativas de viagem medievais, e de seus correlatos modernos. Desconhecida, a paragem do Paraíso na terra constituiu um fenômeno migratório; um mito geográfico. As pistas que davam as coordenadas do local sagrado, acreditava-se, haviam sido indicadas por Deus nas escrituras. E a partir da leitura destas pistas, os cristãos fizeram o Paraíso existir próximo à Índia cristã, no Ceilão, no extremo Oriente ou ao norte do mundo, para, mais tarde, situá-lo na América do Sul.
Mito geográfico, nos mapas, nas gravuras e pinturas o paraíso foi representado de diversas formas, em distintas localidades. Até o fim da Idade Média, a via preferencial de sua exposição imagética foi, sem dúvida, a figuração do casal primevo, Adão e Eva. O casal era representado, às vezes, de forma descritiva: um homem e uma mulher nus, situados em torno da Árvore do Conhecimento e próximos à serpente. Em outras, "assumiam la secuencia temporal-narrativa típica del gótico tardio, [y] se mostraba la tentación y la expulsión". Contudo, com o aproximar-se da modernidade, a representação do Paraíso planteou novos rumos: a tradição iconográfica começava a se deslocar da visão do casal que o habitou para o ambiente entorno. Transformando-se, a iconografia do Paraíso gerou a imagem que hoje predomina em nossas mentes, o Jardim do Éden. No painel esquerdo do tríptico Jardim das Delícias de Bosch, por exemplo, temos uma das primeiras imagens desta revolução da representação, que podemos considerar uma liberação da paisagem . Nela, o paraíso é, pictoricamente, um arborizado jardim, repleto de pássaros e animais exóticos, como a girafa e o elefante, animais míticos, como os unicórnios, e animais monstruosos, que se dispõem em torno da Fonte da Vida. Um espaço natural, ou melhor, paisagístico, onde a história do pecado original se desenrola. Um ambiente carregado de elementos exóticos que marcam seu caráter extra-europeu, provocando estranhamento. Ao mesmo tempo, uma imagem do espaço original de todas as espécies.
O movimento de transformação da iconografia do Paraíso parece estar intimamente ligado, como se apreende nos textos de Vespúcio, à aventura européia na América. A nova iconografia encontrou um forte paralelo entre as idéias correntes acerca do espaço original e as palavras dos primeiros homens a correr o Novo Mundo com o olhar: a exuberância da natureza americana, com matas tão densas que os pássaros somente podiam penetrá-las sozinhos, não em bando; as árvores que sempre verdes, em eterna primavera, que nunca perdiam as folhas e recendiam perfumes; os peixes magníficos e a fauna que era toda distinta da européia; os pássaros belíssimos e de todas as cores; enchiam os olhos dos aventureiros europeus, recheando-os de maravilhas e estupor. A primeira caracterização edênica deste continente foi feita no relato de Colombo, que acreditou encontrar-se perto do Éden, conforme indicavam os sinais que lera na exuberante natureza. Não por acaso, o deslumbramento dos viajantes com a abundância da natureza americana coincidiu, temporal e imaginariamente, com a mudança na postura do europeu frente ao sítio sagrado.
A natureza edenizada da América facilitaria ao olhar europeu o deslocamento do sítio paradisíaco para a América. A diversidade e exuberância da fauna e flora marcariam seus traços distintivos e estrangeiros com relação à Europa, necessários para o reconhecimento da terra dos pais primeiros: espécimes animais tanto da América, quanto das exóticas África e Ásia, compunham os quadros naturais do Paraíso. Acima de Adão, numa gravura de 1504, Dürer fez pousar na Árvore da Sabedoria um papagaio. Na gravura que abria o primeiro tomo da obra de Theodor de Bry dedicada à narração imagética da conquista da América, atrás do casal primevo e em torno de uma cabana indubitavelmente americana, desenrolam-se cenas da vida dos homens na natureza. Ainda que ambas imagens permaneçam presas ao parâmetro medieval de representação do Paraíso, a presença da natureza americana em suas composições dá ao Paraíso, em face à Europa, feições estrangeiras. Já no painel do Jardim das Delícias de Bosch, a Árvore cujo deleite do fruto foi fatal a Adão e Eva es un agave, una espécie americana .


Vem dançar, Kabiyesi. Vem dançar.
Que a vida é contenda. Contenda das boas.
Deite o pano branco sobre minha casa,
e vem dançar.

me ensina a lutar
me ensina a bater
me ensina a paz
me ensina a dançar

Vem dançar, Kabiyesi. Vem dançar.
As horas felizes
1
De suas duas tias Zenóbia sempre recebia dádivas quando menos esperava. Uma, a versada em frases e palavras, doou à sobrinha as metáforas mais divinas. A outra, afeita aos afetos duráveis, deu-lhe uma imagem de Sant Teresa D'Ávila. Com elas, Zenóia sentia-se livre de entraves e aprendeu a criar sozinha suas próprias paisagens. Cada regalo que ganhava despertáva-lhe o apelo da novidade. Ao ponto de chegar à claridade de falar um dia que, ao contrário do que muitos diziam, existir não é um plágio.
(O Livro de Zenóbia - Maria Esther Maciel)

sexta-feira, 12 de agosto de 2005



Em noites de lua cheia
havemos nossos encantos.
(Cavaleiros das Sete Luas - Bartolomeu Campos de Queirós)

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Fragmento de conversa

Pois, bem... esse negócio do olhar me é uma coisa tão importante, quanto complicada! Primeiro, pq é um assunto que me intriga, e vira tema de pesquisa. Depois, pq há quem tenha um olhar que que me entra pelos olhos, investiga minha alma, se demora lá dentro, e depois me foge. Em terceiro lugar, por haver esse olhar, que também exploro, confronto e sustento, com meu próprio olhar; mesmo que, às vezes, as pupilas se fechem para mim. Por fim, o que é mais complicado: a vida é o que se vê nos olhos dos outros (Virginia Woolf); seja por reflexo, seja por projeção. Portanto, parte das cores que vemos nos olhares, são imagens do que queremos ver. E ai, onde está a verdade? Em nós mesmos? Quanto as imagens possuem de real, ou de engano?
me queimo em sonhos, tocando estrelas
(Hilda Hilst)
AS VACAS MAGRAS

é porque entrei demais na sua intimidade que
estou fora dela agora

o excesso de amor nos separou

(Beijo na Boca - Cacaso)

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Ver e Traçar


Há uma imensa diferença entre ver uma coisa sem o lápis na mão e vê-la desenhando-a.

Ou melhor, são duas coisas muito diferentes que vemos. Até mesmo o objeto mais familiar a nossos olhos torna-se completamente diferente se procurarmos desenhá-lo: percebemos que o ignorávamos, que nunca o tínhamos visto realmente. O olho até então servira apenas de intermediário. Ele nos fazia falar, pensar; guiava nossos passos, nossos movimentos comuns; despertava algumas vezes nossos sentimentos. Até nos arrebatava, mas sempre por efeitos, conseqüências ou ressonâncias de sua visão, substituindo-a, e portanto abolindo-a no próprio fato de desfrutar dela.

Mas o desenho de observação de um objeto confere ao olho certo comando alimentado por nossa vontade. Neste caso, devemos querer para ver e essa visão deliberada tem o desenho como fim e como meio simultaneamente.

Não posso tornar precisa minha percepção de uma coisa sem desenhá-la virtualmente, e não posso desenhar essa coisa sem uma atenção voluntária que transforme de forma notável o que antes eu acreditava perceber e conhecer bem. Descubro que não conhecia o que conhecia: o nariz de minha melhor amiga...

[...]

A vontade continuada é essencial ao desenho, pois o desenho exige a colaboração de aparelhos independentes que estão sempre pedindo para resgatar os automatismos que lhes são próprios. O olho quer vagar; a mão arredondar, tomar a tangente. [...]

Ver linhas e traçá-las. Se nossos olhos comandassem mecanicamente um estilo de traçar, bastaria olhar um objeto, isto é, seguir com o olhar as fronteiras das regiões diversamente coloridas, para desenhá-lo exata e involuntariamente. Desenharíamos, do mesmo modo, o intervalo de dois corpos, que, para a retina, existe tão nitidamente quanto um objeto.

Mas o comando da mão pelo olhar é bastante indireto. Muitas etapas intervêm: entre elas, a memória. Cada relance de olhos para o modelo, cada linha traçada pelo olho torna-se elemento instantâneo de uma lembrança, e é de uma lembrança que a mão sobre o papel vai emprestar sua lei de movimento. Há transformação de um traçado visual em traçado manual. Mas essa operação é suspensa na duração da persistência daquilo que chamei “elemento instantâneo de lembrança”. [...]

O artista avança, recua, debruça-se, franze os olhos, comporta-se com todo o corpo como um acessório de seu olho, torna-se por inteiro órgão de mira, de pontaria, de regulagem, de focalização.


(Degas Dança Desenho – Paul Valéry)

Até Pensei
(Chico Buarque - 1968)


Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caía
Toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade
Morava tão vizinha
Que, de tolo
Até pensei que fosse minha

Junto a mim morava minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre
Tão pobre de carinho
Que, de tolo
Até pensei que fosses minha

Toda a dor da vida
Me ensinou essa modinha
Que, de tolo
Até pensei que fosse minha


terça-feira, 9 de agosto de 2005

(A Estrada - Cézanne - 1871)


É possível imaginar alguém escrevendo uma monografia do azul, desde o azul denso, de cera, das pinturas murais de Pompéia, até Chardin, e, mais longe, até Cézanne: que biografia!

(Cartas sobre Cézanne - Rainer Maria Rilke)

domingo, 7 de agosto de 2005



A vida é o que você vê nos olhos dos outros; a vida é o que as pessoas aprendem e, tendo aprendido, nunca, embora o tentem esconder, deixam de estar conscientes de - do quê? De que a vida é assim, ao que parece.

(Um romance não escrito - Virginia Woolf)

sexta-feira, 5 de agosto de 2005



- Linhas e cores quase me persuadem de que também posso ser heróico, eu, que faço frases com facilidade, e depressa sou seduzido, amo o que vem a seguir, e não posso fechar meu punho, mas vacilo debilmente fazendo frases, conforme minhas circunstâncias. Agora, através da minha própria fragilidade, recupero o que ele foi para mim: o meu oposto.

(As ondas – Virginia Woolf)