quinta-feira, 1 de agosto de 2002



Johnson, Osa & Martin - Refrigerator
da série Bornéu - 1920
Será que o Lindus terá um novo companheiro?
Pergutaram-me se meu blog tinha morrido, de exaustão, com a vida corrida. Bem... morto ele ainda não está... já eu...


René Boli
depois de 3 congressos e alguns trabalhinhos


Acontece que os blogs de todos nós andaram meio aposentados. Culpa da Dona Vida, sempre tão apressada, atarefada, exausta. Bom, Mas, ainda há espaço para o riso com os amigos e para ótimos fins-de-semana. E... muito amor! Seja como for, aos poucos vamos ressuscitando. Primeiro a G.H. e meu Lindus, depois eu. E, quem sabe, a Mel... que deixou abandonada e saudosa toda uma família!

23:57. Pela janela vejo uma lua nascer. Crescente. Enorme como a cheia, mas cortada ao meio. Exata, como que se a esconder. Intensamente vermelha, como em fogo. Ela, à medida em que sobe, torna a mim, que estou do lado de cá da janela, alheio àquilo que vem me ocupando. Assim, vou deixando de lado loucos holandeses que vierem ao Brasil para, com índios, ornar palácios dinamarqueses, e francesa tapeçaria. Perco uma ilusão: a de reconstituir o passado.

modinha

não, não pode mais meu coração
viver assim dilacerado
escravizado a uma ilusão
que é só desilusão
ah!, não seja a vida sempre assim
como um luar desesperado
a derramar melancolia em mim
poesia em mim
vai triste canção, sai do meu peito
e semeia a emoção
que mora dentro do meu coração.

(tom jobim - vinícius de morais)



(Os Pescadores, tapeçaria.
Manufacture des Gobelins. Paris, séc. XVII)