quinta-feira, 17 de abril de 2003



durante um ano, inteiro, comemoramos o espanto: estamos juntos. juntos e sentindo que nada poderia ser tão bom, tão acertado, tão necessário. e eu não esperava... de onde vem tanto amor, tanta alegria? como podem se casar tão bem dois corpos e duas vontades? de onde vem tudo isso? é absurdo, é incomensurável, é real. um ano de namoro, e queremos ainda mais...

... e eu, particularmente, quero sempre a emoção de viver do deslumbre e desta perfeita espiral


na curva do umbigo seu
um meu desejo
se escondeu.


hoje me descobro parco e tosco; sua resposta é certeira, me desarma


Película


Você entrou
Pediu licença
E agora é parte.
Usamos os mesmos óculos
e não digo que enxergamos
da mesma forma.
Suas lentes são mais limpas,
mais claras.
Mas você entrou,
e agora já não precisa pedir licença.
Meu coração é aberto.
Minha poesia tenta ser.
E as chaves lá de casa você já tem.
Você agora é parte
de coisas que eu não imaginava.
Como estar com sua blusa,
dividir os copos,
a escova de dentes
e um chuveiro feliz.
Como cantar juntos
músicas de amor
de vozes primorosas.
Desde a sua entrada,
minha vida é duas
e sua.
Dividimos os anjos,
as estrelas e as angústias.
Antes de deitarmos,
olhamos para o céu
da janela grande
e rezamos.
E você entra.
Faz parte.
E eu,
feliz como se entendesse a vida,
a poesia e o amor,
definitivamente
não quero mais licenças.

(poema do meu Lindus)


Nenhum comentário: