Oh, Deus, não posso entender
porque vamos chorando,
se nossos cicerones são aves cantando.
Materialmente as flores,
deitam aroma sorrindo.
E ouço da natureza: 'Que sejam benvindos!'
O vento, de quando em quando,
num sussurro ameno,
obriga a toda floresta a nos fazer aceno.
É um festival de alegrias,
que me ponho a imaginar,
não sei se devemos rir ou chorar.
Autonomia
É impossível, nesta primavera, eu sei.
É impossível pois longe estarei,
mas pensando em nosso amor, amor sincero.
Ai, se eu tivesse autonomia.
Se eu pudesse gritaria:
‘Não vou, não quero.’
Escravizaram assim um pobre coração.
É necessária a nova abolição,
pra trazer de volta a minha liberdade.
Se eu pudesse brigaria, amor.
Se eu pudesse gritaria, amor:
‘Não vou não quero.’
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