segunda-feira, 6 de maio de 2002

Bom, hoje é dia de festa: aniversário de namoro. Êêêêêhhhh!!! O dia promete. Por enquanto tenho pouco a dizer sobre isso:

Estávamos conversando, eu e o Linus, sobre as palavras. Mais especificamente acerca daquelas palavras que usamos para emitir nossas impressões sobre os relacionamentos em que nos metemos. E ele me disse que preferia o silêncio, e que muitas vezes as palavras enganam. Respondi: É... mas, às vezes, as coisas precisam ser bem marcadas. Caso contrário, a vida fica indefinida, e um pouco sem sabor. As pessoas precisam saber o representam uma para a outra. O contra-argumento dele foi convincente: basta entender os gestos.

Linus, com você re-aprendi o valor do silêncio. E, mais que isso, a entender a linguagem cifrada dos gestos; a não usar somente as palavras, sobretudo as fortes, para me expressar. Mas, em uma coisa ainda acredito: é preciso deixar marcas, não apagar nossas pegadas.

Só que, para nos imprimirmos nos outros e nas coisas, devemos ter delicadeza. Escolher o momento. Usar a palavra e o gesto mais precisos; e não fazer das marcas algo banal, que perca seu sentido pela repetição cotidiana, ou que faça submergirem os outros e as coisas sob os escombros espalhados de nós.

Espero alcançar um lugar, em seu corpo e memória, onde minha marca permaneça como a presença de um anjo: leve, etérea, quase invisível, mas presente – quando necessária ou prazerosa.

Nenhum comentário: