domingo, 12 de maio de 2002



Essa dona aí é a América (na verdade, ela é um fragmento de uma Alegoria da América realizada por Phillipe Galle e Marcus Gheeraerts, entre 1590 e 1600). A cara dela é a de quem acabou de se levantar da cadeira por conta do impulso de uma grande descoberta. Ela é uma ótima tradução para o que a gente sente quando reconhecemos uma nova idéia, daquelas que podem revolucionar os caminhos da ciência e do mundo. Por isso, resolvi inventar uma sessão para esse blog, que se chamará Descobri a América. Assim, quando essa mocinha aparecer de novo, grite: Eureca!

Nada como um exemplo para deixar as coisas claras:

Para melhor despir os camarões de seu solene fraque, lave-os, mergulhe-os em água e retire-os quando a água ameaçar ferver (ou quando, pressentindo a iminente nudez, eles ficarem rubros de vergonha). Assim, perde-se menos carne do que quando são limpos crus.

Resfrie-os sob a torneira e retire o fraque, a começar pela cabeça. Na cauda, quebre delicadamente a casca firmando as unhas dos polegares, de modo a retira-las sem mutilar o crustáceo.


(Frei Beto - Comer como um Frade)

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